Turismo Outdoor: sustentabilidade, estratégia e investimento

A III Conferência Internacional de Turismo Outdoor juntou cerca de duas centenas de profissionais do setor, especialistas e estudantes para refletir sobre a temática. A iniciativa, organizada pela Câmara Municipal de Mafra, teve como pano de fundo a sustentabilidade.
Ao fazer a abertura deste fórum de reflexão, o Presidente da Câmara Municipal, Hélder Sousa Silva, salientou que o Município de Mafra pretende reforçar o seu posicionamento como destino turístico sustentável, baseado no equilíbrio de valores ambientais, socioculturais e económicos. Em matéria de turismo outdoor, mencionou que a ambição é que a dinâmica não se restrinja à orla costeira, mas abranja todo o território concelhio.
O primeiro painel, sobre o tema “O posicionamento nacional do turismo outdoor”, contou com a participação de Jorge Humberto Silva, da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, que apresentou as iniciativas que estão a ser dinamizadas para aprofundar o relacionamento entre a cidade e a região de Lisboa, criando um mosaico de experiências e desenvolvendo uma maior abrangência da oferta turística e uma maior cooperação a nível regional; António Marques Vidal, da Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos, que sublinhou os principais desafios ao desenvolvimento do turismo outdoor, reiterando a necessidade de uma maior cooperação e associação entre operadores para ampliar a criação de mais-valias; António Carlos Duarte, da Associação Geopark Arouca, que expôs a experiência desenvolvida a nível local no Geopark, bem como a importância da criação de produtos estruturados e ofertas integradas para a afirmação do destino.
O segundo painel, subordinado à temática “O investimento na promoção do turismo outdoor”, teve como intervenientes Frederico Teixeira, da Ocean Events, que apresentou o trabalho desenvolvido com a criação da marca “Portuguese Waves”: um plano estruturado e consistente de como promover e vender um conceito; Sandra Gredig, da Allegra Tourimus, referiu a necessidade do planeamento e da identificação de oportunidades para a criação da identidade da oferta; Christopher Doyle, da Adventure Travel Trade Association, salientou a importância da sustentabilidade no desenvolvimento de experiências diferenciadoras, afirmando que o turismo deve ser repensado e planeado a longo prazo, nomeadamente ao nível dos objetivos.
O terceiro painel, sobre o tema “Num destino de surf: estratégia, mercados e consumidores”, contou com a presença de Ana Catarina Moura, investigadora que apresentou o seu estudo sobre "O valor económico do turismo de surf na Ericeira"; Tim Vieira, investidor, defendeu a oportunidade de encontrar outros tipos de valores que não o turismo de massa, evidenciando a relevância da autenticidade das experiências como o que fideliza o público-alvo; Filipa Cardoso, do Turismo de Portugal, referiu os projetos desenvolvidos para a promoção do destino e o papel que o surf assume como meio de diferenciar e posicionar a oferta turística; Jorge Cardoso, da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, apresentou o projeto desenvolvido a nível do “glamping” como um produto diferenciado e diferenciador, reiterando a importância de legislar, certificar e qualificar.















