A origem vem de uma receita genuína e preservada, feita de ovos, açúcar, leite, farinha, limão, frutos secos, baunilha e fermento, com características específicas que as diferenciam e as tornam únicas, tais como harmonia entre aroma e sabores do pão-de-ló e o recheio baunilhado, confecionado exclusivamente na Malveira.
Deriva de uma receita conventual, do convento de Odivelas, trazida para a Malveira pela fundadora da Fábrica das Trouxas, que ali trabalhava para as freiras, e produzida desde então, em 1906. A presente designação desta torta surgiu em 1952 e é atribuída à afilhada da fundadora, que para o efeito se terá inspirado na figura das lavadeiras saloias, que por ali passavam, nas suas deslocações à capital, com as trouxas de roupa à cabeça.
Esta é uma prestigiada iguaria doce da região, com larga aceitação da população. A sua fama transcende portas concelhias, com apreciadores em todo o país, desde a última centúria. Com efeito, as Trouxas da Malveira, são um testemunho etnográfico da cultura local.