Circuitos
Os fortes localizados no concelho de Mafra foram dos mais importantes núcleos defensivos das Linhas de Torres, erigidas no século XIX em resposta às invasões das tropas de Napoleão Bonaparte.
O conjunto das obras militares da Carvoeira constitui o núcleo mais a Sul de toda a 2.ª Linha Defensiva. Integra o Forte do Zambujal, o Forte da Carvoeira e o Forte de São Julião.
Este núcleo tinha como objetivos estratégicos a defesa das praias do Lisandro e de São Julião, apoiando a frota inglesa e o controlo da estrada entre Ericeira e Sintra.
O Circuito da Malveira foi igualmente importante na defesa dos acessos por estrada à vila de Mafra. Formado pelos Fortes de Santa Maria, Feira e Malveira, este circuito – que compreendia os nós de estrada da Malveira, Venda do Pinheiro e Torres Vedras até Lisboa – proporcionou uma das maiores concentrações de redutos de todas as Linhas. Nos limites deste circuito encontravam-se ainda os Fortes do Matoutinho e da Quinta do Estrangeiro (Venda do Pinheiro).
Para além destes pontos centrais da muralha defensiva existente no concelho, realce ainda para o Circuito da Enxara.
O Forte Grande e Pequeno (redutos 28 e 29) encontram-se situados entre a 1.ª e 2.ª Linhas, tendo como objetivo estratégico central a defesa da estrada Torres Vedras – Montachique, em apoio do Quartel-general de Wellington em Pêro Negro. Estes redutos foram guarnecidos pelas divisões aliadas do General Espanhol, Marquês de La Romana, instalado na Enxara dos Cavaleiros.
Um dos mais relevantes pontos neste circuito é a Serra do Socorro, local privilegiado onde foi instalado um telégrafo, que permitia a propagação rápida de ordens e informações entre as forças militares aliadas.
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