
Rota dos Órgãos Históricos
Basílica de Mafra
Os seis órgãos foram construídos no tempo de D. João VI e parte deles entrou em funcionamento nas vésperas da partida da família real para o Brasil. O projeto foi entregue aos organeiros António Machado e Cerveira e Peres Fontanes. Esquecidos pelo Romantismo e pontualmente restaurados no século XX, este conjunto permanece como um dos mais excecionais núcleos de órgãos barrocos do mundo, concebidos de raiz para dialogar entre si no mesmo espaço, projeto tão ambicioso que nunca mais se repetiu. Em 1999 foram iniciados os trabalhos de restauro, a cargo do Mestre Organeiro Dinarte Machado, e foram ouvidos pela primeira vez a 15 de maio de 2010.
Igreja de São Pedro, Ericeira
No coro alto encontra-se o órgão construído em 1822 pelo organeiro José Carlos de Sousa Machado.
Igreja de São Silvestre, Gradil
Possui no coro um órgão de António Machado e Cerveira com o nº. 59, do ano de 1801. Encontrando-se em mau estado em 1988, a Comissão Paroquial decidiu restaurá-lo entregando esse trabalho a António Simões, terminando o seu arranjo em 1990.
Igreja de Nossa Senhora do Livramento, Livramento
Apresenta no coro alto um órgão construído por António Machado e Cerveira em 1787, antes instalado na igreja de São Pedro dos Grilhões, na Azueira. Foi objeto de restauro pelo Mestre Organeiro Dinarte Machado em 2007.
Igreja de Nossa Senhora da Encarnação
No coro contém um órgão de armário, da segunda metade do século XVIII, construído por Bento Fontanes. Este instrumento foi restaurado pelo Mestre Organeiro Dinarte Machado em 2004.
ECHO
A ECHO – European Cities of Historical Organs – é uma associação de 8 cidades da comunidade europeia, entre as quais Mafra, que possuem órgãos históricos e que promovem a sua divulgação. A ECHO estimula e promove ações para o conhecimento deste património histórico, não só nas suas cidades mas além-fronteiras.
Nas palavras de Dino de Poli, administrador honorário da ECHO, “Na Europa de hoje, comprometida com as novas configurações de união e distinguida por razões económicas, é significativo que oito cidades do Velho Continente têm utilizado a música, nomeadamente, a música de órgão, como o elemento de união para a sua geminação. De facto, em mais de cinco séculos da história musical, cada cidade confia em organeiros para a tarefa de fazerem ou repararem os órgãos situados nos coros das Catedrais, Basílicas ou Igrejas Paroquiais”.
Mais informações em http://www.echo-organs.org/