Os apreciadores de sardinha sabem que o principal truque está na frescura do peixe.
E que a melhor sardinha é a mais gorda, em que a pele salpicada de sal grosso sai de uma só vez depois de assada em lume brando. Segundo os entendidos, a “sardinha da noite” é a melhor porque foi apanhada na tarde anterior e depois de pescada não chega a ver a luz do dia até ser vendida. As peixeiras dos Mercados da Ericeira e Mafra são garantia de aconselhamento quanto ao aspeto, origem e frescura desta iguaria que é sinónimo de verão e que deixa saudades de um ano para o outro.
“Puxando a brasa” à sardinha da Ericeira, nada como comê-las em pleno mês de agosto ou
setembro, mas em finais de Maio já é possível encontrá-las com alguma qualidade.
Há quem a prefira no prato, com a incontornável salada de pimentos e batata cozida, mas para muitos basta deitá-la sobre uma boa fatia de Pão de Mafra.