Rota Histórica das Linhas de Torres
No início do século XIX, Portugal estava na iminência de ser invadido pela terceira vez pelas forças militares de Napoleão Bonaparte. Arthur Wellesley, então 1.º Duque de Wellington e comandante do exército anglo-português, aliados seculares, engendrou um plano que impedisse a entrada do exército napoleónico e que, em caso de derrota, providenciasse um escape seguro às tropas britânicas em retirada.
A estratégia passava, assim, pela construção de uma série de fortificações na periferia de Lisboa, as quais ficaram conhecidas como as Linhas de Torres Vedras.
Foi a 20 de outubro de 1809 que Wellington redigiu o memorando com as instruções para a arquitetura e engenharia da edificação defensiva. O esboço foi entregue ao tenente-coronel Fletcher, responsável pela construção das fortificações apoiadas em quatro linhas, duas principais e duas complementares.
Foram construídas 152 fortificações, entre fortes, estradas militares e barreiras naturais, sendo que o posto mais avançado ficou na cidade de Torres Vedras. A construção durou até meados de 1812 e teve em Mafra um dos seus pontos basilares na defesa da capital portuguesa.
A Rota Histórica das Linhas de Torres, que providencia uma viagem pelos pontos estratégicos mais relevantes desta defensiva militar, engloba os municípios de Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira e é cofinanciada pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants).
A 27 de março de 2019, o sistema defensivo das Linhas de Torres foi considerado Monumento Nacional.