Mafra é casa do Museu Nacional da Música

«Assinala-se hoje um dia histórico para a cultura e para Mafra. Finalmente, depois de tantos anos, o Museu Nacional da Música chega ao seu lugar». As palavras foram escritas pela Ministra da Cultura no “Livro de Ouro” do Município de Mafra, por ocasião da cerimónia de assinatura do protocolo de parceria para a instalação do Museu Nacional da Música no Palácio Nacional de Mafra.
Nos termos deste protocolo, a Direção-Geral do Património Cultural compromete-se a deslocar o Museu Nacional da Música, na sua totalidade, para o andar nobre da ala norte do Palácio Nacional de Mafra, comprometendo-se o Município a apoiar tal instalação, atribuindo um montante de um milhão de euros.
Nesta cerimónia de assinatura, o Presidente da Câmara Municipal destacou as razões pelas quais a autarquia assumiu ser parte da solução, declarando que a instalação do museu «representa uma inequívoca oportunidade para inscrever este território em mais um circuito do turismo cultural». Hélder Sousa Silva fez votos de que, cada vez mais, «Mafra possa ser esse espaço único para conhecer e para escutar música, constituindo um autêntico museu vivo, integrado num amplo conjunto que se espera merecedor da distinção de “Património Mundial” pela UNESCO».
Dirigindo-se à Ministra da Cultura, o edil demonstrou a disponibilidade para que, caso a gestão de proximidade seja entendida como benéfica para a celeridade do processo, a autarquia possa desenvolver o procedimento de concurso, assim como executar a empreitada, à semelhança do que aconteceu com investimentos realizados nas áreas da educação, da saúde ou da segurança. Este repto foi aceite pela representante do Governo.
Na sua intervenção, a Ministra da Cultura, Graça Fonseca, evidenciou a longa história do Museu Nacional da Música, tendo passado por vários espaços, e enumerou os três principais motivos para a sua instalação em Mafra: a ligação histórica deste território à música, evidenciando-se o conjunto único de seis órgãos históricos da Basílica e os dois maiores carrilhões do século XVIII; a política de descentralização cultural, beneficiando o acesso das populações à cultura, que considerou «fundamental para a coesão territorial e social»; e a possibilidade de desenvolvimento de sinergias entre o Museu Nacional da Música e o Palácio Nacional de Mafra, tanto na partilha de serviços, como na complementaridade das atividades culturais.









