3.º Festival Internacional de Órgão de Mafra
O III Festival Internacional de Órgão de Mafra, organizado pela Câmara Municipal, com o apoio do Palácio Nacional de Mafra e da Vigararia de Mafra e o patrocínio da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Mafra, inaugura o regresso dos concertos ao conjunto único dos seis órgãos da referida Basílica, após os trabalhos de manutenção que foram custeados pela Câmara Municipal. Ao longo de três fins de semana consecutivos, os concertos decorrerão, também, nos restantes quatro órgãos históricos do Concelho (Gradil, Ericeira, Encarnação e Livramento), bem como no novo instrumento recentemente instalado na Igreja de Santo André, em Mafra.
O festival caracteriza-se pelo programa diversificado, percorrendo vários períodos da História da Música, que será tocado tanto por reconhecidos organistas nacionais e estrangeiros especializados em instrumentos históricos, como por jovens intérpretes, conforme foi sublinhado na apresentação hoje realizada, que contou com a participação do Presidente da Câmara Municipal, Hélder Sousa Silva, e do Diretor Artístico, João Vaz.
Os concertos iniciam-se no dia 27 de abril, às 21h30, na Igreja de São Silvestre, no Gradil, onde o organista Rui Paiva, juntamente com o flautista Pedro Couto Soares, apresentará obras dos séculos XVII e XVIII. No dia 28 de abril, às 17h30, a jovem russa Olga Zhukova aposta na transposição dos limites temporais (e geográficos) do órgão da Igreja de São Pedro da Ericeira, colocando autores alemães do século XVIII lado a lado com a música miminalista de Philip Glass. Já no dia 3 de maio, às 21h30, o órgão histórico mais antigo do Concelho, localizado na Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, será tocado por Aurore Baal (que ganhou o título de ECHO Organist of the Year 2017), apresentando um programa de música francesa, italiana e ibérica dos séculos XVI a XVIII, centrado no hino mariano Ave maris stella.
No dia 4 de maio, às 21h30, tem lugar o primeiro dos concertos na Basílica do Palácio Nacional de Mafra, reunindo o coro Voces Caelestes, os organistas João Vaz, Inês Machado, Sérgio Silva, Margarida Oliveira, Diogo Rato Pombo e Daniela Oliveira, sob a direção de Sérgio Fontão, sendo que o elemento central do programa é a audição moderna de um conjunto de secções do ordinário da missa, da autoria de um compositor italiano (ou de formação italiana) ativo em Portugal nos finais do século XVIII. No dia seguinte, 5 de maio, às 16 horas, a música regressa à referida Basílica, marcando, também, o retomar dos concertos a seis órgãos que continuarão a assinalar os primeiros domingos de cada mês. Os intérpretes são os organistas Sérgio Silva, André Ferreira, David Paccetti Correia, Margarida Oliveira, Diogo Rato Pombo e Daniela Moreira.
O Ensemble Lusiovoce e o organista Sérgio Silva, sob a direção de Clara Alcobia Coelho, reúnem-se, no dia 10 de maio, às 21h30, na Igreja de Santo André de Mafra, apresentando várias obras contemporâneas para coro e órgão construídas sobre melodias gregorianas. No dia seguinte, 11 de maio, às 21h30, na Igreja de Nossa Senhora do Livramento, Tiago Simas Freire – o único cornetista português da atualidade – protagonizará, juntamente com o organista João Vaz, uma viagem pelo mundo musical das catedrais seiscentistas da Europa mediterrânica.
Por último, e considerando que o ideal visual e sonoro de Roma e da Capela Pontifícia foi a principal fonte de inspiração para toda a reforma litúrgica e musical impulsionada por D. João V desde o início do seu reinado, o Pontificio Istituto di Musica Sacra oferecerá, três séculos depois do início da construção do Real Edifício de Mafra, um concerto. No dia 12 de maio, às 21h30, serão interpretadas obras de Frescobaldi, Bonelli e Cabezón.
Consulte o programa.
Atualização:
Concerto do dia 4 de maio com lotação esgotada