Comemoração do 1.º aniversário da inscrição do Real Edifício de Mafra na lista do Património Mundial da UNESCO: Concerto por Adriano Jordão e Pavel Gomziakov

Não perca um singular concerto, transmitido a partir da Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra, pelo pianista Adriano Jordão, diretor artístico do Festival de Música de Mafra “Filipe de Sousa”, e pelo violoncelista Pavel Gomziakov. Assista no Facebook da Câmara Municipal de Mafra, a partir das 22h00.
PROGRAMA DE CONCERTO:
Sonata para piano e “Arpeggione” – Franz Schubert
- Allegro moderato
- Adagio
- Allegretto
Prelúdio-Fantasia – Gaspar Cassadó
Adriano Jordão – Piano
Pavel Gomziakov – Violoncelo
BIOGRAFIAS:
ADRIANO JORDÃO
PIANISTA
O pianista Adriano Jordão nasceu em Angola, em 1946.
Estudou, em Portugal, com Helena Sá e Costa e outros professores. Em 1967, a Fundação Calouste Gulbenkian ofereceu-lhe uma bolsa que lhe permitiu fazer um ano de estudos avançados nos Estados Unidos da América. Em 1969, depois de ter completado o curso superior no Conservatório Nacional de Lisboa, com a maior distinção, na classe da professora Helena Matos, continuou os seus estudos em Paris, sob a orientação de Yvonne Lefébure.
Ganhou numerosos prémios em competições nacionais e internacionais, nomeadamente, o 1.º Lugar no Concurso Internacional de Debussy, em França.
A carreira artística de Adriano Jordão levou-o a apresentar-se por toda a Europa, América do Norte e do Sul, bem como em África e na Ásia.
Depois da sua estreia nos Estados Unidos da América, com a Kingsport Symphony, no Tennessee, atuou em São Francisco, Washington, Boston e em Nova Iorque, no prestigiado Lincoln Center com a New Orchestra of Boston, sob a direção de David Epstein, e, também, no Carnegie Hall, com a Queen's Symphony Orchestra, sob a direção de John Neschling; realizou, igualmente, vários concertos no Canadá.
Os seus concertos no Brasil, nas mais importantes salas de espetáculos, bem como no México, Venezuela, Paraguai, em África (Cabo Verde, Senegal, Angola e Moçambique) e na Ásia (Índia, Tailândia, China, Coreia e Japão) alcançaram grande sucesso de crítica e de público.
Adriano Jordão também se apresentou, para além de Portugal, em Espanha, França, Bélgica, Holanda, Alemanha, Itália, Áustria, Finlândia, Rússia, Bielorrússia, Ucrânia, Republica Checa, Eslováquia, Hungria, Roménia, Grécia e Turquia.
Colaborou com os mais importantes maestros portugueses e estrangeiros, destacando-se Alain Lombard, Sandor Végh, Claudio Scimone, Van Remoortel, Richard Treiber, Christian Mandeal, Horia Andreescu, David Epstein, Peter Feranec, Nicholas Kremmer, Nicholas Braithwake, Muhai Tang, Yuan Fang e Chen Zou Huang.
Adriano Jordão é um apaixonado pela voz humana tendo colaborado com grandes estrelas mundiais do canto como Ileana Cotrubas, Peter Schreier, Teresa Berganza, Katia Ricciarelli, Julia Hamari, Lella Cuberli e Alfredo Kraus.
Foi o fundador e diretor artístico do Festival Internacional de Música de Macau nos seus primeiros cinco anos, também foi diretor artístico do Festival da Casa de Mateus e do Festival dos Açores, durante 6 edições; é, atualmente, diretor artístico do Festival de Música de Sintra e do Festival de Música de Mafra “Filipe de Sousa”.
Tem o curso superior de Direito, pela Universidade de Lisboa, e foi agraciado com o título de Oficial da Ordem das Artes e das Letras pelo Governo Francês, com a Medalha de Mérito da Ordem Soberana de Malta.
De 2004 a 2011 foi Adido Cultural de Portugal, em Brasília, no Brasil, e, recentemente, de 2013 a abril de 2016, foi vogal do Conselho de Administração do Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa.
Deslocou-se, em outubro de 2016, a Macau, onde esteve, a convite do Governo de Macau, para participar na XXX edição do Festival Internacional de Música de Macau, festival que fundou em 1986; iniciou com este recital as comemorações dos seus cinquenta anos de carreira artística.
Em 2017 apresentou-se em recital e com orquestra na Tailândia, em Marrocos, no Brasil e em Istambul, a convite das Nações Unidas, comemorando o Dia Internacional da Mulher.
Em Portugal, realizou uma importante digressão com o Coro Gulbenkian, onde tocou como solista na Petite Messe Solennelle de Rossini, dirigido pelo maestro Michel Corboz.
Ainda em 2017, realizou uma digressão com o Quarteto Arabesco por várias cidades do nosso país.
Manteve a sua atividade como diretor artístico do Festival de Música de Mafra “Filipe de Sousa”.
PAVEL GOMZIAKOV
VIOLONCELO
Nascido na cidade natal de Tchaikovsky, na região de Ural, na Rússia, Pavel Gomziakov iniciou os seus estudos de violoncelo aos nove anos de idade. Aos catorze anos, mudou-se para Moscovo, onde estudou na Escola Gnessin e no Conservatório Estatal de Moscovo, com Dmitri Miller. Prosseguiu a sua formação com Natalia Schakhovskaya, na Escola Superior de Música Reina Sofia, em Madrid. Mais tarde, estudou com Philippe Muller, no Conservatório Nacional de Paris.
Em abril de 2010, estreou-se nos Estados Unidos da América, com a Orquestra Sinfónica de Chicago, sob a direção de Trevor Pinnock, voltando em junho de 2012. Tem atuado por toda a Europa, América do Sul e Japão. Apresentou-se em concerto com a Orquestra de Câmara Finlandesa, a Orquestra Nacional do Capitólio de Toulouse, a Orquestra Nacional Russa, a Orquestra Sinfónica de Seattle, a Orquestra Gulbenkian, I Pomeriggi Musicali Milano, a Filarmónica Báltica Polaca, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Südwestdeutsche Philharmonie Konstanz, a Orquestra de Avinhão e a Filarmónica Nacional da Rússia. Foi solista convidado da New Japan Philharmonic, Orquestra de Câmara de Londres, Orquestra Nacional de Montpellier, Orquestra Filarmónica de Kansai, Orquestra Nacional de Lille, sob a direção de reputados maestros como Jesus López Cobos, Christopher Warren-Green, Trevor Pinnock e Valery Gergiev.
Em música de câmara, realizou com a pianista Maria João Pires uma tournée, em salas como o Théâtre des Champs-Elysées, em Paris; Victoria Hall, em Genebra; Teatro Real, em Madrid; Köln Philharmonie; Konzerthaus, em Viena; Centro Cultural de Belém, em Lisboa; e Sumida Tryphony Hall, em Tóquio. A sua gravação, dos últimos trabalhos de Chopin, para a Deutsche Grammophon, foi nomeada para um Grammy. Colabora regularmente com Augustin Dumay, Louis Lortie, Andreï Korobeinikov, Vanessa Wagner e Anastasya Terenkova.
Lançou, em 2016, pela Editora Onyx, os Concertos para Violoncelo, de Haydn, onde, graças ao generoso empréstimo do Museu Nacional da Música em Lisboa, tocou no violoncelo Stradivarius “Chevillard King of Portugal”, de 1725, pertencente à família real portuguesa. Em 2012, gravou o Concerto para Violoncelo n.º 1 de Saint-Saëns e La Muse et le Poète, com a Orquestra Filarmónica de Kansai e Augustin Dumay.
No ano de 2018, estreou-se em Mafra, no Concerto de Encerramento do III Festival de Música de Mafra “Filipe de Sousa”, na Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra, partilhando o palco com dois grandes pianistas, Adriano Jordão e Gabriela Canavilhas.