Ernesto Soares: apresentação e exposição
A Câmara Municipal está a organizar o “I Colóquio Ernesto Soares: Iconografia e Símbolo”, em homenagem à vida e obra deste ilustre mafrense, que está a decorrer na Casa da Música Francisco Alves Gato, em Mafra. Na sessão de abertura, foi apresentado o novo caderno CIVIMafra “Ernesto Soares. Obra Mafrense”, seguindo-se uma visita à exposição com o mesmo tema, patente nas instalações do CIVIMafra – Centro de Interpretação da Vila de Mafra.
A vida e obra de Ernesto Soares, um dos maiores investigadores da história da gravura em Portugal, foi o mote para o lançamento do novo número dos cadernos do CIVIMafra, no qual Manuel J. Gandra analisa a visão deste intelectual sobre a iconografia e a simbologia mafrense.
A abertura do evento integrou igualmente uma visita à exposição temática “Ernesto Soares, o homem e a obra”, patente no CIVIMafra. Esta mostra apresenta uma seleção rara de brochuras, livros e documentos originais de Ernesto Soares, nas quais se integram os cinco volumes do “Dicionário de Iconografia Portuguesa”, da sua autoria, bem como uma coletânea de textos publicados pelo próprio em jornais locais e regionais da época.
O “I Colóquio Ernesto Soares: Iconografia e Símbolo” decorre até ao final deste sábado, dia 25 de fevereiro, com um programa diversificado de conferências, debates e apresentações sobre a importância da iconografia e a sua ligação aos símbolos e marcas contemporâneos.
Consulte o programa completo.
Sobre Ernesto Soares:
Nascido em 27 de fevereiro de 1887, exerceu a profissão de escrivão de Direito, no Tribunal da Comarca de Mafra, até 1914. Foi preso neste ano por ter aderido à sublevação monárquica, que ficou conhecida por Revolta da Água-Pé. Uma vez posto em liberdade, fixou residência em Lisboa, tornando-se professor de Português e Latim.
Passou a dedicar-se ao estudo da história da gravura e dos gravadores portugueses, publicando em 1927 o seu primeiro trabalho de investigação. A partir de então produziria quase ininterruptamente, artigos e obras sobre o assunto, bem como acerca da Iconografia Portuguesa, da qual pode ser justamente considerado o maior investigador português de todos os tempos.
