Casa de Cultura Jaime Lobo e Silva

O edifício encontra-se implantado no coração da Vila da Ericeira, local privilegiado pela sua acessibilidade e comunicabilidade urbana com o largo do “Jogo da Bola” e com a Praia dos Pescadores.

Sendo por excelência uma área de vivência pública, aí estiveram instalados diversos equipamentos precedentes, remontando as notícias mais recuadas (inícios do séc. XIX) à existência de uma capela e dos paços da vigararia, também aí tendo residido o administrador (do antigo Concelho da Ericeira) e o capitão do porto.

Reconvertido o espaço, em 1861, aí foi fundado e instalado o Club Recreativo Ericeirense, transformado em Grande Casino da Ericeira em 1919, frequentado pela aristocracia e classes abastadas que vinham a banhos na época estival. Em 1924, importantes obras deram a este espaço uma componente decorativa Arte Nova, passando a ser um ex-libris e uma marca de desenvolvimento local.

Extinto o jogo em 1927 e com a divulgação do Cinema, inaugura-se o Cine-Casino da Ericeira mantendo a sua atividade até 1980. Adquirido o imóvel pela Câmara Municipal de Mafra, determinou-se o destino do antigo Casino transformando o espaço num equipamento fundamental para a Ericeira.

Inaugurada a Casa de Cultura, em 1995, desta feita com novas valências de biblioteca, auditório e galerias, foi-lhe atribuída o nome de Jaime Lobo e Silva em homenagem a um dos ericeirenses mais proeminentes na defesa da memória histórica e do património da sua terra.

Quem foi Jaime d'OLiveira Lobo e Silva?

Nasceu na Ericeira a 9 de novembro de 1875 e morreu em 1943. Com 20 anos, alista-se no exército e é recrutado como aprendiz de música no Regimento de Infantaria 5 e, em 1898, passa ao Regimento 2 de Caçadores da Rainha, com a especialidade de músico.

Regressando à Ericeira, desenvolve intensa atividade nas sociedades musicais existentes, ensinado e regendo, situação que lhe conferiu o “título” de Mestre (da banda). Monárquico convicto assiste com tristeza ao embarque da Família Real para o exílio a partir da Praia dos Pescadores, na Ericeira, a 5 de outubro de 1910.

Desde então desenvolve uma intensa atividade de investigação histórica, sendo responsável pela criação do arquivo histórico da Ericeira e pela criação do Museu, ambos associados à Misericórdia.

Áreas de acesso ao público em geral

• Áreas expositivas (Galerias Municipais)
• Biblioteca Municipal (inclui Sala de Audiovisuais, em fase de restruturação e Sala de Multimédia)
• Auditório  (capacidade: 174 lugares)

Contactos (galeria): galerias@cm-mafra.pt

Contacto (biblioteca): biblioteca.ericeira@cm-mafra.pt

Contacto (auditório): gab.animacao.cultural@cm-mafra.pt

Possui acessos para pessoas com mobilidade reduzida.