Notas biográficas - 7 de novembro | 18h00 | Encontro com autores: 'De Camões a Machado de Assis, caminhos da Língua Portuguesa'
Mário Máximo
Nascido em Lisboa, em setembro de 1956, o escritor Mário Máximo tem uma vasta bibliografia: poesia, romance, teatro, crónica, conto e ensaio. Ao todo, são já cerca de trinta os livros publicados, para além da participação em diversas Antologias.
Os últimos livros editados foram “Antologia – Poemas Escolhidos – 30 Anos de Poesia” (Edições Fénix, 2016; com 2.ª edição em 2017); “O Heterónimo de Camões” (Romance, Edições Fénix, 2016; com 2.ª edição em 2017 e 3.ª edição em 2025, no âmbito do V Centenário Camoniano); “A Era dos Versos” (Poesia, Edições Fénix, 2018); “O Diário dos Silêncios” (Romance, Edições Fénix, 2019); “Quarentena ou a Liberdade Dentro de Uma Caixa” (Conto, Edições Fénix, 2020); “As Portas da Noite” (Poesia, Edições Fénix, 2020) e o livro “O Pêndulo, A Poesia, O Labirinto” (Poesia, Edições Fénix, 2022). Em 2024, publica “A Viagem Para a Literatura ou o Destino de Ferreira de Castro” (romance, Edições Fénix; com 2.ª edição em 2025). Também no ano de 2024 sai o livro ‘A Linguagem das Nuvens’ (Poesia, Edições Fénix).
Mário Máximo tem desenvolvido, de modo continuado, um intenso trabalho na área da cidadania de língua portuguesa e da lusofonia. Foi Comissário estratégico da Bienal de Culturas Lusófonas de Odivelas durante dez anos (2006 a 2016), Bienal que contou com a Dr.ª Maria Barroso como Presidente da respetiva Comissão de Honra. Liderou e/ou participou, nacional e internacionalmente, em diversos outros projetos nas áreas da lusofonia. É o coordenador da Administração da “Gala Prémios da Lusofonia”, bem como do “Fórum Permanente Debates da Lusofonia”. Estabeleceu relacionamento e parcerias ativas com as instituições de maior relevo ligadas ao mundo lusófono, nomeadamente a CPLP, a CE-CPLP e a UCCCLA, para além de outras instituições atuando em áreas confinantes. Foi, ainda, vereador e vice-presidente da Câmara Municipal de Odivelas (2009-2013), bem como Presidente do Conselho de Administração do Centro Cultural Malaposta (2005-2009 e 2013-2014).
Durante cinco anos, foi Presidente da Direção da Associação Fernando Pessoa (que contava, aliás, com os sobrinhos do poeta). É cidadão honorário da C. M. da Ribeira Grande de Santiago (Cidade Velha – Cabo Verde). Já em 2025, no âmbito do V Centenário Camoniano, deslocou-se a Teresina (Piauí), para apresentar no dia 10 de junho a respetiva oração de sapiência evocativa de Luís Vaz de Camões (sob o título ’A Lírica em Luís Vaz de Camões como Epopeia do Coração e da Harmonia’).
Lauro Moreira
Nascido em Goiás, Brasil, em 1940. Cursos escolares em São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 1962. Curso de Preparação para a Carreira de Diplomata, Instituto Rio Branco, Ministério das Relações Exteriores, 1963/64. Ingresso no Serviço Diplomático do Brasil, em 1965; Aposentadoria por tempo de serviço, 2010.
Cônsul-Adjunto em Buenos Aires, 1968/71; Delegação do Brasil junto aos Organismos Internacionais em Genebra, 1971/74; Conselheiro na Embaixada em Washington DC, 1983/87; Cônsul-Geral em Barcelona, 1991/94; Embaixador no Reino do Marrocos, 2000/03; Embaixador junto à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP, Lisboa, 2006/2010.
Em 2009, ao coroar sua longa Carreira de Diplomata, como Embaixador do Brasil junto à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, foi agraciado pelo Movimento Internacional Lusófono com o título de Personalidade Lusófona do Ano. Em 2011, recebeu especial homenagem da Câmara Municipal de Odivelas, Portugal, onde se inaugurou uma placa permanente, em local público, distinguindo-o com o título de Príncipe da Lusofonia. Em 2016, foi honrado com a outorga do Prêmio José Aparecido de Oliveira, o mais alto galardão da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Desde 2016, é Presidente do Conselho do Observatório da Língua Portuguesa, instituição internacional com sede em Lisboa.
Para além das suas inúmeras atividades profissionais de Diplomata de Carreira, o Embaixador Lauro Moreira foi sempre um militante da causa cultural e artística, dedicando-se desde jovem à literatura, às artes cénicas (ator, diretor e autor), ao cinema (ator, documentarista) e à fotografia (premiado em concursos nacionais). Em todos os postos permanentes por onde passou, devotou-se com afinco à promoção das artes e da cultura brasileiras, proferindo palestras, apresentando recitais de poesia, escrevendo e publicando textos, organizando seminários sobre temas econômicos, culturais e de política externa, ministrando cursos sobre assuntos de sua especialidade. Mesmo depois de sua aposentadoria na Carreira Diplomática, continua regularmente a exercer essas atividades, tanto no Brasil e Portugal quanto nos demais países da Lusofonia.
Em 1998, lançou o CD duplo Mãos Dadas, onde interpreta a obra de 19 poetas dos oito países da Língua Portuguesa e, em 2005, gravou o histórico álbum de CD Manuel Bandeira: o Poeta em Botafogo; em 2008, lançou um álbum duplo com poemas de Marly de Oliveira.
Na chefia da Divisão de Difusão Cultural do Itamaraty, Lauro Moreira criou, em 1986, em parceria com o musicólogo Ricardo Cravo Albin, o espetáculo musical "Verão Brasil", exibido em Festivais internacionais no Marrocos, Argélia e Costa do Marfim, além de marcantes apresentações na Espanha e na Venezuela.
Em 1992, à frente do Consulado Geral do Brasil em Barcelona, criou o Clube da Música Brasileira e, em seguida, o conjunto musical "Som Brasil", integrado por artistas brasileiros que lá residiam, e que chegou a se apresentar em 23 cidades espanholas, divulgando e promovendo a arte musical brasileira.
Mais tarde, retornando ao Brasil, enquanto Diretor do Departamento Cultural do Itamaraty, e retomando e ampliando o projeto anterior, criou, escreveu, atuou e dirigiu o projeto Grupo Solo Brasil, para apresentar o espetáculo "Uma Viagem através Cem Anos da Música Popular Brasileira", com o objetivo de divulgar a plateias estrangeiras o que há de mais representativo na música brasileira do século XX. O Grupo já esteve em vinte países de quatro Continentes, incluindo Portugal - onde se apresentou em Lisboa e dezenove outras cidades - e em dezenas de cidades brasileiras, como São Paulo, Rio, Goiânia e Brasília, alcançando sempre um renovado sucesso. A convite da UNESCO e da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Grupo apresentou-se igualmente por ocasião de reuniões internacionais desses organismos em Brasília.
Lauro Moreira participou como ator dos filmes "Vazio Coração" (2012) e, como ator e co-produtor, em "Volta à Casa Paterna" (2019), ambos do diretor e escritor Alberto Araújo. Atuou, ainda, em "O Voo da Borboleta Amarela" (2021), de Jorge Oliveira, sobre vida e obra do cronista Rubem Braga. Tem sido, também, narrador em uma dezena de documentários sobre personalidades culturais diversas, como Machado de Assis e Sousândrade, bem como sobre temas econômicos e sociais.
Em 2020, lançou em Portugal e no Brasil o livro de crônicas memorialísticas Quincasblog: Meus Encontros. Desde 2023, apresenta nas plataformas de áudio da internet seu Podcast Lauro Moreira, Prosa e Verso, que já alcançou mais de 40 episódios.