Ciclo de Música 'Guitarras'
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- Ciclo de Música "Guitarras"
O Ciclo de Música "Guitarras" é um convite à descoberta das belas melodias intemporais, interpretadas pela guitarra portuguesa, às experiências contemporâneas, que misturam o fado com sonoridades de outras latitudes.
Dia 9 de outubro | 21h30
Bruno Chaveiro
Bruno Chaveiro nasce a 30 de agosto de 1993. Filho de pais imigrantes, foi desde sempre sentindo “saudades” de casa. Esse, foi talvez um ponto de partida para que, com apenas 7 anos de idade, tenha começado a aprender viola de Fado, em Montemor-o-Novo.
Aos 11 anos estrou-se nos palcos e aos 15 pegou pela primeira vez numa guitarra portuguesa e, apaixonou-se de imediato. Começou então a estudar e a debruçar-se sobre o instrumento e cada vez mais, a Viola de Fado foi ficando para trás. Em 2010 (com 17 anos de idade) decide assumir-se como guitarrista.
Em 2011 começa a ser requisitado por algumas casas de Fado em Lisboa, sendo que já na altura (deste 2007) era músico residente da Casa de Fados O Bota Alta, em Évora. Depois de realizar que não podia “fugir” desta paixão pela Guitarra Portuguesa e pelo Fado, Bruno Chaveiro decide dedicar-se inteiramente.
Ingressa, em 2013 na licenciatura em Guitarra Portuguesa na Escola Superior de Artes Aplicadas (ESART) do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB). Tornando-se discípulo do Mestre Custódio Castelo (considerado um dos maiores e mais virtuosos Guitarristas da atualidade) e termina a licenciatura em 2016, com distinção. É nesta altura que, depois de já tocar regularmente em algumas das mais conceituadas casas de fado em Lisboa (Luso, Adega Machado, Faia, etc.), sente-se “adotado” e deixa de morar em Montemor.
Desde 2016 que tem vindo a colaborar com alguns dos maiores artistas do panorama musical português como Raquel Tavares, Mísia, Pedro Moutinho, Fábia Rebordão, Jorge Fernando, Celeste Rodrigues, Carminho, Cuca Roseta, Buba Espinho, Marco Rodrigues, Ana Laíns, Carlos Leitão, Júlio Resende, entre outros. É também músico residente de uma das mais consideradas casas de fado de Lisboa, a Casa de Linhares.
Em 2017 começa uma viagem pela composição. Bruno, percebe que tem vontade de partilhar as suas criações e as suas músicas preferidas com o público. Esta vontade, aliada a 17 anos de vivência no fado, 10 anos a tocar Guitarra Portuguesa e 5 anos a viajar pelo mundo em prol do Fado e da Música Tradicional Portuguesa, culmina no seu primeiro disco a solo: “Desatino”, que lançou em 2019: um álbum fresco no que ao repertório e arranjos diz respeito, evocando alguns dos maiores Guitarristas Portugueses como Fontes Rocha, José Nunes, Domingos Camarinha, Casimiro Ramos e Custódio Castelo, bem como o seu repertório e composições próprias.
Diz Bruno Chaveiro: “este disco é ‘simplesmente’ um registo das minhas composições, da minha música... é, na verdade, uma autobiografia expressa por meio da música, agradecendo a todos os que foram cruciais para a minha aprendizagem musical e pessoal. Escolhi ou compus cada um dos temas pensando em determinados momentos/pessoas a quem devo o que sou.”
Entre 2019 e 2020, Bruno Chaveiro apresentou a tour “Desatino” em concertos no CCB, Teatro Villaret, Museu do Fado, Santa Casa Alfama, Festival Caixa Angola em Luanda, Cine Teatro Curvo Semedo em Montemor-o-Novo, Feira de S. João em Évora, Festival Guitarra d’Alma em Almeirim e no Festival Alcochete ConVida.
Este ano já voltou aos palcos, em nome próprio, como convidado de Nancy Vieira no Festival “Soam as Guitarras”.
Dia 23 de outubro | 21h30
Khytar 12.6
MIGUEL AMARAL
Nasceu no Porto em 1982. O seu primeiro contacto com a música surge aos 6 anos, tendo iniciado o estudo de Piano com a professora Madalena Leite de Castro.
Estudou Guitarra Portuguesa com Samuel Cabral, José Fontes Rocha e Pedro Caldeira Cabral. Iniciou-se profissionalmente em 2005. Para além dos estudos relacionados com a Guitarra Portuguesa, estuda Piano com João Ricardo Fráguas, Formação Musical com António Torres Pinto, Análise, Harmonia e Contraponto com Daniel Moreira, Composição com Dimitris Andrikopoulos e Improvisação e estudo da linguagem do Jazz com Nuno Ferreira. Desde então tem-se apresentado regularmente em recitais em Portugal e no estrangeiro a solo, bem como inserido em agrupamentos de música de câmara ou em programas de música para orquestra. Destas apresentações destaca-se o recital a solo na Casa da Música em 2009, a propósito do qual a crítica lhe destacou a “superioridade de execução” e o “ousado repertório”, onde apresenta obras de Pedro Caldeira Cabral, Ricardo Rocha e Carlos Paredes. O seu trabalho como músico profissional mereceu o aplauso público de Pedro Caldeira Cabral, em entrevista ao Diário de Notícias (in DNartes 16 setembro 2009). De 2010 a 2016, participa no espetáculo Sombras de Ricardo Pais, juntamente com Mário Laginha, Carlos Alves, Mário Franco, Paulo Faria de Carvalho, Raquel Tavares, José Manuel Barreto e os actor Pedro Almendra, Pedro Frias e Emília Silvestre. Este espetáculo, com Música de Mário Laginha e coreografia de Paulo Ribeiro, teve a sua Estreia no Teatro Nacional de S. João no Porto e teve apresentações em Portugal e em vários outros países (França, Brasil, Rússia). Em outubro de 2011 destacase o recital na Fundação Gulbenkian, inserido no festival dos 25 anos do Prémio Jovens Músicos, com transmissão em direto na Antena2, onde para além das suas composições, estreia obras de Mário Laginha, Dimitris Andrikopoulos, Daniel Moreira e Igor C. Silva.
Ainda em 2011 participa como intérprete na banda sonora do documentário “Nadir Afonso — o tempo não existe” de Jorge Campos, cuja música da autoria de Dimitris
Andrikopoulos, é a primeira banda sonora escrita exclusivamente para Guitarra Portuguesa e eletrónica. Em 2012 destaca-se o recital “Armandinho, Paredes e Rocha”,
estreado a 1 outubro no Teatro Nacional de S. João, com encenação de Nuno Carinhas, onde aborda o repertório mais tradicional da Guitarra Portuguesa, apresentando obras de Armandinho, Carlos Paredes e José Fontes Rocha.
No ano de 2013, lança “Chuva Oblíqua”, o seu álbum de estreia, inteiramente dedicado ao repertório solista que tem vindo a desenvolver. Ainda em 2013, forma com o pianista Mário Laginha e o contrabaixista Bernardo Moreira o Novo Trio de Mário Laginha, tendo gravado ainda nesse ano o disco Terra Seca. Escreve para este disco a peça “Fuga para um dia de Sol”. Esta formação tem-se apresentado regularmente a nível mundial.
Em 2015, leva o recital Armandinho, Paredes e Rocha, ao Festival Culturel Maghrebian de Musique Andalouse, em Argel. Destaca-se ainda a participação na estreia mundial da obra “Folk Songs” de Mário Laginha, para Orquestra, Piano, Voz e Guitarra Portuguesa, na Philharmonie du Luxemburg, com Cristina Branco e Mário Laginha, sob a direção de Peter Rundel. No mesmo ano participa no recital “Fado Barroo”, sob a direção de Marcos Magalhães, com Ana Quintans, Ricardo Ribeiro, Marco Oliveira e a Orquestra Barroca de Helsínquia, no Helsinki Music Center. Por encomenda de Marcos Magalhães, compõe para este programa a peça Luz de outono, para Orquestra Barroca e Guitarra Portuguesa.
Destaca-se também, em maio, a participação no disco “Severa — fado de um fado, com a soprano Ana Barros e o pianista Bruno Belthoise, para o qual compõe a peça
“Transfiguração” para Guitarra Portuguesa solo. A partitura desta obra veio a ser editada pela “Ava musical editions”. Ainda em 2015, inicia o curso de Mestrado em Composição e teoria musical, na ESMAE — Escola Superior de Música Artes e Espetáculo.
Em 2016 “Fado Barroco” é apresentado da Fundação Calouste Gulbenkian. Daí resulta uma gravação ao vivo, editada pela editora Naxos. Em maio de 2017, volta a tocar “Folk Songs” de Mário Laginha, desta vez com a Antwerp Symphony Orquestra, sob a direção de Dirk Brossé.
Em dezembro de 2017 integra a comitiva do Governo Português na deslocação à FIL — Feira Internacional do Livro de Guadalajara, no México. Toca a solo na cerimónia de passagem de testemunho para o ano Português. É licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa.
Em 2019 edita o CD Saudade. Dedicado ao repertório popular brasileiro e português, junta a guitarra portuguesa ao Violão de 7 cordas de Yuri Reis.
PEDRO RODRIGUES
“Rodrigues’ guitar work is really outstanding throughout!” – Classical Guitar Magazine Vencedor do Artists International Auditions (Nova Iorque), Concorso Sor (Roma), Prémio Jovens Músicos e premiado nos concursos de Salieri-Zinetti, Paris, Montélimar, Valencia, Sernancelhe entre outros, Pedro Rodrigues iniciou o seu percurso musical aos 5 anos de idade, tendo estudado com José Mesquita Lopes na Escola de Música do Orfeão de Leiria onde terminou os estudos com a classificação máxima como bolseiro da Fundação CalousteGulbenkian. Posteriormente estuda com Alberto Ponce na École Normale de Musique de Paris onde recebe os Diplomas Superiores de Concertista em Música de Câmara e Guitarra, este último com a classificação máxima, unanimidade e felicitações do júri.
Participou em masterclasses com David Russell, Leo Brouwer, Joaquin Clerch e Darko Petrinjiak. Sob a orientação de Paulo Vaz de Carvalho e Alberto Ponce concluiu em 2011 o Doutoramento na Universidade de Aveiro como bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Apresentou-se a solo em salas reconhecidas internacionalmente como o Weill Hall do Carnegie Hall de Nova Iorque, a Salle Cortot de Paris, National Concert Hall de Taipei, Ateneo de Madrid, Sala Manuel de Falla de Madrid, Endler Hall de Cape Town, India International Centre de New Delhi, Sala Raúl Juliá de San Juan, Centro Cultural de Belém, Casa da Música, o Grande Auditório da Fundação Gulbenkian e os festivais de Mikulov, Paris, Santo Tirso, Música Viva, Sernancelhe, Caruso Festival, Miguel Llobet,
Forfest Kromeriz, Vital Medeiros entre outros. Estreou mais de 60 obras dos mais importantes compositores portugueses como João Pedro Oliveira, Cândido Lima, Isabel Soveral, Sara Carvalho, Sérgio Azevedo, José Luís Ferreira, António Sousa Dias, Carlos Caires entre outros. Muitas destas obras foram-lhe dedicadas.
Fez gravações para RTP, RDP, RTM, SABC, Cesky Rozhlas, WIPR e gravou discos com as editoras Numérica, Nuova Venezia, Portugaler, Slovartmusic e JNS Music e foi solista com a Orquestra Gulbenkian, Filarmonia das Beiras, Orquestra do Algarve, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras entre outras. É igualmente convidado com regularidade para lecionar masterclasses em conservatórios e universidades na Europa, América do Norte e Sul, África e Ásia. As suas transcrições e edições estão editadas pela Mel Bay Publications, AVA Editions e Notação XXI. Como investigador, proferiu conferências em Inglaterra, Brasil e Portugal dedicadas às temáticas da transcrição, música contemporânea e educação. Recentemente criou e apresentou o programa “Seis Cordas Para Um País” transmitido na Antena 2. Presentemente é Investigador Integrado do INETmd e Professor Auxiliar no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro.
Dia 4 de dezembro | 21h30
Manuel de Oliveira
Conhecido como o guitarrista Ibérico, Manuel de Oliveira entrega às suas composições os reflexos de uma alma ibérica que lhe corre nas veias sem, contudo, deixar latente um respeito, uma veneração intemporal, pelas suas origens e tradições.
Com um vasto percurso internacional, é um dos mais prolíficos guitarristas contemporâneos. Do seu currículo destaca se a edição internacional do álbum “Amarte" e a presença em alguns dos mais importantes festivais europeus “Emociona Jazz!!” e “Couleurs Jazz” (ao lado de nomes como Brad Mehldau, Chick Corea, Mike Stern e Richard Galliano, entre muitos outros.
Manuel de Oliveira concebeu “Os Nossos Afetos”, espetáculo da cerimónia de abertura da Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, com Cristi na Branco, Chico César e Rão Kyao. O mais recente “Ibéria Live”, com os conceituados músicos fundadores do Flamenco Jazz Jorge Pardo e Carles Benavent, esgotou o CCB e Casa da Música em 2016.
Os últimos anos têm sido de criação para guitarra solo e parc erias com a violoncelista Sandra Martins e o acordeonista João Frade. Fruto deste processo, Manuel de Oliveira lançou recentemente “ENTRE LUGAR”, o novo álbum de originais conta com a participação especial de Sandra Martins, João Frade, o baterista e percu ssionista Marito Marques e o fadista Marco Rodrigues.
Dia 11 de dezembro | 21h30
Henrique Fraga
Transmontano de raiz, nasceu em Chaves a 20 de Julho de 1983. Tendo passado pela guitarra eléctrica e pela guitarra clássica, cedo conheceu a Canção de Coimbra pela voz do seu pai, um estudante da Universidade, que lhe fez despertar a vontade de aprender a tocar guitarra de Coimbra. Prosseguiu então os seus estudos, na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, onde ingressou em 2001, no mesmo dia em que se inscreve na Escola de Musica da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra. Foi lá, pelas mãos do seu Mestre, o Dr. Jorge Gomes, que teve a privilegiada oportunidade de aprender este instrumento.
Em 2003 ajudou a fundar o grupo Lacrima, com o qual foi participando nas Serenatas Monumentais em Coimbra e em inúmeros outros eventos de norte a sul do País e nas Ilhas. Promoveu e participou na gravação do CD de Tributo a Carlos Paredes: "Serenata do Caloiro 2004" e esteve presente em vários eventos internacionais, nomeadamente no Canadá, na República Checa, no Luxemburgo, em Itália e em França. O seu percurso académico termina com a celebração dos 125 anos da Académica, evento em que sobe ao palco do Casino Estoril com os Xutos e Pontapés para tocar o tema Homem do Leme com um arranjo de sua autoria para guitarra de Coimbra.
A par com a profissão de farmacêutico, que exerce desde 2008, continuou sempre a dedicar-se afincadamente à guitarra. Em 2014, juntamente com Marco Matos, criou o projecto “A Nossa Guitarra” dirigido ao estudo e divulgação da guitarra de Coimbra, no âmbito do qual tem realizado concertos e palestras, dentro e fora de Portugal.
Actualmente, conta com a colaboração de João Teixeira no acompanhamento em guitarra clássica. Foca a sua maior atenção como intérprete na obra musical da família Paredes, a mais relevante na história deste instrumento. Como autor, lançou em 2015, o single “Ao Fundo do Túnel” e encontra-se no momento a preparar o seu primeiro trabalho de originais.